França afirma que desempenho em debates o ajudou no segundo turno

Todos os posts, Últimas notícias

O governador Márcio França (PSB), candidato à reeleição, atribuiu o resultado das pesquisas de intenção de voto divulgadas no sábado (27) ao seu desempenho no debate da Globo, na quinta-feira (25). No Datafolha, ele apareceu numericamente à frente do adversário João Doria (PSDB): 51% a 49%.

“A partir do debate, houve uma mudança forte em função do desempenho inseguro do concorrente num debate daquela importância. Não foi compatível com outros debates que ele mesmo tinha feito. Acho que isso foi decisivo para que pudéssemos mudar a curva aqui em São Paulo”, afirmou França, após votar em colégio público da zona sul de São Paulo na manhã deste domingo (28).

O governador votou acompanhado da esposa, Lúcia, e de seu braço-direito Claudio Valverde, secretário licenciado da Casa Civil. O vereador paulistano Camilo Christófaro (PSB) estava à espera de França —o presenteou com um quadro com uma charge do candidato no Roda Viva e registrou a votação em transmissão ao vivo no Facebook.

França cumprimentou eleitores e policiais, posou para selfies. Na fila de sua seção eleitoral, disse que não se reconhecia mais na foto de seus documentos a uma mesária: “Nessa foto eu tinha 40 quilos a mais”.

Sobre o resultado das urnas, disse que aguardaria as apurações antes de comentar uma possível vitória.

“Tem que ter humildade. Não é uma eleição tranquila pra ter a folga de ficar comemorando, sambando em cima de balcão”, afirmou. Fazia referência a um suposto vídeo de João Doria (PSDB) que circulou no sábado (27) nas redes.

O governador desviou de pergunta sobre seu voto para a Presidência, se em Fernando Haddad (PT) ou Jair Bolsonaro (PSL).

“Claro que votei, mas desde o começo disse que ia ficar neutro. Tenho relação com ambos, são superficiais. Não tenho relação com nenhum dos dois que permita ter um voto”, afirmou. “Tenho a responsabilidade de poder governar com quem quer que seja.”

França negou que considere convidar Haddad para ocupar secretaria em seu governo, caso ele seja reeleito ao Bandeirantes e o petista perca a eleição. A hipótese foi ventilada ontem na GloboNews e compartilhada por Doria e Joice Hasselmann nas redes.

“Zero verdade. É uma desconsideração com o candidato que está disputando a presidência. Estou super satisfeito com secretário [da educação, João Cury], que aliás era do PSDB. Faz meses que não falo com Haddad.”

França ainda alfinetou Doria: “No final, o sujeito agarra até em fio desencapado para tentar alguma coisa. Pra quem está se afogando, até jacaré é boia.”

Ele comentou a declaração do tucano ao votar neste domingo de que esta é a campanha mais suja da história.

“Doria fala que é a mais suja, mas quem é que sujou esta campanha? Todos esses WhatsApps”, afirmou, referindo-se a reportagem do UOL que mostrou que a campanha de Doria contratou serviço de disparo de mensagens no aplicativo contrárias ao candidato Paulo Skaf (MDB).

O candidato também afirmou que conversou com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) ontem por telefone, antes da divulgação das pesquisas. Disse que seu antecessor estava sereno e que tinha certeza de que o tucano e sua família “votaram 40”.

Recuperando-se de uma pneumonia, o governador afirmou que está se sentindo melhor e que sua primeira medida, após as eleições, será cuidar da saúde.

O candidato seguiu em direção a São Vicente, seu berço político, para acompanhar o voto da esposa. Planeja almoçar com a família na baixada e, no fim da tarde, voltará à capital para acompanhar a apuração.

Da FSP