Jair Bolsonaro volta a atacar os índios e promete reformas estruturais
O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta terça-feira (9) que pretende acabar com o que chamou de “ativismo ambiental xiita” e acabar com a “indústria de demarcação de terras indígenas”. Em entrevista à TV Bandeirantes, o candidato também falou em dar “retaguarda jurídica” para que os proprietários de terras em zonas interioranas se defendam de invasões de terras.
“Quero fundir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. Não pode ter ambientalismo xiita no Brasil. Vamos acabar com a indústria de demarcação de terras indígenas. Índio não quer ser latifundiário. Índio quer poder arrendar a terra, quer poder fazer negócio, quer energia elétrica, quer dentista para arrancar toco da boca. O índio é ser humano como a gente. Não quer ser usado para políticas”, disse Bolsonaro.
“O homem do campo quer retaguarda jurídica. Quer saber que o Estado vai fazer reintegração de posse no dia seguinte caso a terra dele seja invadida. Que não vão chegar demarcando a fazenda dele como terra indígena de um dia para o outro. Tem fiscais do ICMBio e do Ibama que vão para o campo para multar os caras”, completou.
Sobre reforma da Previdência, o capitão reformado do Exército falou que não fará a que foi proposta pelo presidente Michel Temer (MDB). Ele criticou a idade prevista para a aposentadoria de policiais militares.
“Na proposta do Temer o PM aposentaria com 65 anos. Vai ser um fuzil ou uma bengala que vai aposentar? Mais de cem policiais perderam a vida no Rio. A expectativa do policial é de 50 e poucos anos. Nas Forças Armadas também”, disse, prometendo acabar com as incorporações em salários de funcionários públicos.
“As incorporações são fábricas de marajás. Funcionário da Câmara já ganha bem, R$ 10 mil. Assume uma comissão e ganha mais R$ 10 mil. E aí depois incorpora o salário depois de alguns anos. E faz tudo de novo. Vamos acabar com isso”, completou.
Ele ainda disse que tentará reduzir a maioridade penal para 17 anos. Segundo ele, a ideia é “tratar dos assuntos vagarosamente”, para que no futuro outro presidente possa tentar passar a maioridade para 16 anos.
“Talvez para 17 anos. Pode não aprovar se for 16. Na Câmara, o projeto de redução para 16 anos foi uma fórmula intermediária. E parou no Senado. No futuro passam para 16 anos e a gente chega lá. 90% da população quer isso”, disse Bolsonaro.
Da FSP.