Mesária é presa por mentir que urnas eletrônicas estavam fraudadas
Uma mesária foi detida na manhã deste domingo (7) em Maringá (PR) após informar a eleitores que a urna eletrônica de sua seção teria votos registrados na memória, antes mesmo de a votação ser iniciada.
A informação foi desmentida pelos demais mesários, que mostraram aos eleitores a “zerésima”, um boletim de urna emitido antes de a votação começar.
O documento, divulgado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná, demonstrava que não havia votos registrados —e estava assinado por todos os mesários que trabalhavam na seção.
A mesária, ainda assim, continuava ligando para eleitores e informando sobre a suposta fraude, que acabou sendo retransmitida pelas redes sociais.
Ela acabou detida pela Polícia Federal, e prestava depoimento na manhã deste domingo. A urna está localizada no Colégio Santo Inácio.
Em Goiânia, outra mesária foi presa após ser flagrada usando o broche de um candidato enquanto trabalhava em uma das seções do Colégio Sesi Planalto, na região sudoeste da capital.
Quatro policiais militares, três homens e uma mulher, entraram na sala em que a mesária estava e a detiveram. A denúncia foi feita por eleitores. A PM não informou para qual candidato ela estava fazendo campanha.
Um candidato também foi preso em São Paulo por divulgação de propaganda e dois eleitores foram presos no Mato Grosso do Sul. Os outros 35 casos registrados até o momento não levaram a prisões. O TSE não informou o nome dos envolvidos.
O vereador de São Luis Genival Alves (PRTB), candidato a deputado estadual, foi levado à sede da Polícia Federal na capital maranhense, neste domingo (7), para prestar depoimento.
Ele foi detido pela PM, que afirmou ter encontrado com ele R$ 8.000 e material de campanha —será apurado se configura tentativa de compra de votos.
Em nota, Lacerda disse que “jamais praticou atos ilícitos com o objetivo de angariar votos. Trata-se de uma armação dos seus opositores”. Outra ocorrência no Maranhão ocorreu pela manhã, quando cinco pessoas foram detidas com R$ 14 mil e material de campanha no povoado de Crioli do Sinhá, na cidade de Graça Aranha.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) registrou 38 ocorrências de irregularidades cometidas por candidatos e eleitores até as 10h30 deste domingo (7).
Irregularidades que podem levar à prisão, a depender do caso, estão relacionadas a uso de alto-falantes e amplificadores, boca de urna, divulgação de propaganda, transporte ilegal de eleitores, fornecimento ilegal de alimentos, corrupção eleitoral e outros.
O TRE do Paraná alertou para o risco de fake news no processo eleitoral, e informou que “não houve comprovação efetiva de absolutamente nada” das denúncias de fraude ou inconsistências em urnas.
Casos registrados em ata ou formalizados de outras formas serão apurados pelo tribunal.
Da FSP.