Toffoli se une a Fux e manda decisão sobre Lula ao plenârio
Dias Toffoli, novo presidente do Supremo, deixa ver, com a decisão da noite de segunda-feira proibindo pela segunda vez a entrevista de Lula, que a proibição de Fux da mesma entrevista na sexta-feira foi combinada com o presidente do Tribunal.
A guerra de decisões entre Ricardo Lewandowski e Luiz Fux, do Supremo, fez sua vítima: o plano de pacificação da corte pregado desde a posse pelo novo presidente, Dias Toffoli. Sem conseguir articular solução que evitasse a disputa de sentenças, Toffoli foi obrigado a tomar lado e vetou a entrevista de Lula à Folha até deliberação do plenário. Há, porém, impasse no tribunal: a maioria concorda, no mérito, com Fux. Mas até esse grupo admite que ele usou instrumento errado contra o colega.
Nesta segunda (1º), Toffoli articulou para levar o caso ao plenário na quarta (3), mas percebeu que não havia consenso. Depois, sinalizou que o ideal era tratar do assunto após o segundo turno. Lewandowski estrilou e avisou que ia renovar a autorização em tom pouco ameno.
Leite derramado Ministros do STF lamentaram a dimensão que o episódio ganhou e dizem que, agora, só resta tentar evitar “o pior”. A imagem do Supremo sai arranhada, mas o foco é debelar o risco de um barraco maior, com transmissão ao vivo, na sessão desta quarta-feira (3).
Gosto amargo Integrantes da corte diziam ainda durante a tarde desta segunda (1º) que, se Lewandowski decidisse investir contra a decisão de Fux, Toffoli seria obrigado a admitir seu lado na controvérsia.