Bolsonaro diz que irá censurar o próximo ENEM

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Em pronunciamento feito ao vivo por meio de redes sociais na noite desta sexta-feira (9), o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que o futuro ministro da Educação de seu governo precisa entender que o Brasil é um “país conservador”.

Ele fez a afirmação ao comentar a última prova do Enem, que trouxe questões que abordaram o universo LGBT, repetindo uma crítica que já havia sido feito na segunda-feira (5). A questão à qual Bolsonaro se refere tratava do “dialeto secreto” utilizado por gays e travestis.

A prova mostrou um texto sobre o “pajubá, o dialeto secreto dos gays e travestis” e questionava o candidato quanto aos motivos que faziam a linguagem se caracterizar como “elemento de patrimônio linguístico”. Professores ouvidos pelo UOL defenderam a questão formulada no exame.

“Precisamos de um ministro [da Educação] que entenda que nós somos um país conservador”, disse o presidente eleito nesta sexta. Bolsonaro disse que no seu governo o Enem não terá questões de teor semelhante. “Quem ensina sexo é papai e mamãe e acabou, ponto final, não precisamos discutir esse assunto”, afirmou.

O futuro presidente disse que em breve deverá anunciar os nomes escolhidos para comandar a Educação, Meio Ambiente, Saúde e Relações Exteriores. “Ainda não sou o presidente” No vídeo em que se comunicava diretamente com os seus seguidores, Bolsonaro também disse não ter tido responsabilidade sobre o aumento dos salários dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do procurador-geral da República (PGR), que foi aprovado pelo Senado na última quarta-feira (7).

“Estão botando na minha conta o reajuste do Judiciário, como se eu tivesse poderes para impedir. Eu dei minha opinião, que era inoportuno, mas a decisão não é minha, a decisão está nas mãos do presidente Michel Temer, se vai sancionar ou vai vetar. Ainda não sou o presidente”, afirmou.

Do UOL.