Centro-direita articula frente contra “rolo compressor” de Bolsonaro no Congresso
A dificuldade de unir partidos de centro como PSDB, PSB, PV, PSD e setores do MDB e do DEM em uma única legenda fez surgir uma nova ideia: a formação de uma federação de agremiações que passassem a atuar em conjunto no Congresso e nas eleições.
Haveria uma vantagem em relação à criação de um novo partido: na federação, cada legenda mantém sua estrutura e seu fundo partidário, em geral de alguns milhões.
Lideranças do PSB, do PSDB e do DEM já conversaram. A ideia é juntar o governador Márcio França (PSB-SP), de SP, Geraldo Alckmin(PSDB-SP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), entre outros, em torno do projeto.
A federação vincularia as legendas, pelos próximos dois anos, tanto em votações da Câmara dos Deputados e do Senado como nas eleições municipais.
Todos os partidos seriam obrigados a lançar, juntos, um mesmo candidato nas cidades em que concorrerão às prefeituras.
A possibilidade de criação de federações de partidos foi rejeitada em 2017. Mas outras propostas ainda tramitam no Parlamento e poderiam ser aceleradas caso as negociações vinguem.
Pelos cálculos de uma das principais lideranças que participam dos diálogos, uma federação de centro somada a outra, de esquerda, poderia chegar a 300 parlamentares na Câmara. Seria a sobrevivência “da política” diante da ameaça de rolo compressor do futuro governo de Jair Bolsonaro.