Fim do Ministério do Trabalho mostra desprezo de Bolsonaro pelo trabalhador

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O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta quarta-feira (7) que o Ministério do Trabalho será extinto.

“O Ministério do Trabalho vai ser incorporado a algum ministério”, disse, sem dar mais detalhes.

A declaração foi dada após almoço no STJ (Superior Tribunal de Justiça) com o presidente da corte, João Otávio de Noronha.

A Folha mostrou nesta terça (6) que a equipe de transição estuda extinguir o Ministério do Trabalho.

Há alternativas em avaliação para que a condução dos temas ligados à área do emprego e renda ocorra de forma mais eficiente do que concentrada numa única pasta.

Uma delas é associar a área a algum órgão ligado à Presidência da República.

Entre as alternativas em discussão está fatiar as diferentes áreas, transferindo, por exemplo, a gestão da concessão de benefícios para órgãos ligados ao campo social e a gestão da política de trabalho e renda para o novo Ministério da Economia ou para um órgão dedicado às questões de produtividade, um dos temas considerados prioritários na equipe do futuro ministro Paulo Guedes.

O general Augusto Heleno e o  juiz Sergio Moro, anunciado como ministro da Justiça, também participaram do evento.

Bolsonaro confirmou que o general Augusto Heleno vai para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), e não para o Ministério da Defesa, como anteriormente previsto.

“Houve uma evolução. Estou indo para a GSI, é tao importante quanto a Defesa. Foi uma opção do presidente, que é quem decide atualmente as nossas posições no governo.  Estou muito honrado simplesmente pelo fato de ser ministro do governo”, disse Augusto Heleno.

Bolsonaro confirmou que o Ministério da Segurança Pública vai se fundir com o da Justiça. O objetivo, afirmou, é que o futuro ministro, Sergio Moro, tenha mais ferramentas para combater a corrupção e a lavagem de dinheiro.

Questionado se serão 17 ministérios, disse que “é um bom número”.

Sobre o Ministério da Agricultura, disse que “o setor produtivo reviu sua posição e à princípio serão dois ministérios”. O plano inicial da equipe do presidente eleito ela fundir os ministérios de Agricultura e Meio Ambiente.

Questionado se a presidência do Banco Central será mantida com Ilan Goldfajn, disse que tem conversado com Paulo Guedes, anunciado ministro da Fazenda, sobre temas relativos à economia e que isso está em vias de ser anunciado.

“Não sei, não quero antecipar nomes que por ventura eu não possa confirmar”, disse Bolsonaro.

Ele disse ainda que o senador Magno Malta (PR-ES) “tem condições de ser ministro”. Na terça ele disse que Malta poderia ir para o “Ministério da Família”, mas ainda não confirmou a nomeação.

Da FSP