Médicos são recebidos com festa em Cuba e acusam Bolsonaro
Médicos expulsos do programa Mais Médicos por declarações desairosas e ameaçadoras de Jair Bolsonaro sobre o país e a competência deles tiveram uma recepção festiva ao chegar em casa – cerca de 24 horas após o ataque do presidente eleito do Brasil.
Reportagem da emissora estatal TV Cuba mostrou o desembarque no aeroporto de Havana de 196 médicos. Estavam no Brasil havia três anos. Foram recebidos pela vice-ministra da Saúde Pública, Regla Angulo Pardo.
Em entrevista, Regla Pardo disse ter acompanhado a preparação dos médicos durante todo o tempo de duração da parceria com o Brasil, iniciada em 2013, “Durante esses cincos anos, vi eles partirem, se prepararem, compartilhei com eles a preparação do idioma, da geografia do Brasil, das características, das condições da saúde do povo brasileiro.”
A ministra cubana declarou que “Não continuamos no programa Mais Médicos, mas reconhecemos a maneira com que o povo brasileiro sempre tratou nossos médicos.” Para ela, a clientela humilde do Brasil reconhece o “profissionalismo” dos doutores cubanos.
Três médicos foram entrevistados. Um deles, José Ángel Véliz, falou sobre Jair Bolsonaro. Atribuiu a decisão de não permanecer no Brasil “às manifestações servis deste lacaio do império, o novo presidente eleito do Brasil, que não tem conhecimento nem preparo para ser presidente desse país e que não se interessa pela saúde do povo brasileiro.”
A volta dos médicos foi tratada na reportagem como ”um momento mágico de regressar à pátria com a missão cumprida.” Ao final, todos entoaram o hino nacional de Cuba. Confira o vídeo da chegada dos primeiros médicos cubanos ao seu país