Ministério do Trabalho critica Bolsonaro por querer extinguir a pasta

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Ao todo, 12,5 milhões de pessoas estavam desocupadas no período. ​O Ministério do Trabalho divulgou nesta ​quinta-feira uma nota do Fonset (Fórum Nacional de Secretarias do Trabalho) criticando a proposta da equipe de transição do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de governo de extinguir o Ministério do Trabalho.

Em comunicado, o Fonset afirma que os titulares das pastas do Trabalho nos estados e no Distrito Federal receberam a informação “incrédulos”, por causa do cenário de desemprego do país.

Segundo o IBGE, 12,5 milhões no trimestre encerrado em dezembro passado. Bolsonaro também critica a metodologia do indicador de desemprego.

Segundo a entidade, o Ministério do Trabalho cumpre papel estratégico para o equilíbrio das desigualdades sociais no Brasil. “Após 88 anos, esse seria um erro histórico”, diz a nota do Fórum.

Ao citar que o Ministério do Trabalho  protege as relações trabalhistas e as políticas de emprego e renda,  seguro-desemprego, carteira de trabalho e Sine, os secretários questionam a posição de Bolsonaro, que  “se declara um nacionalista, um patriota”.  ​​

O Fonset salienta que “as políticas públicas de emprego e renda têm resultado no aumento da produtividade e na geração de postos de trabalho, mesmo num ambiente de grandes dificuldades de nossa economia”. Por isso, em um país com quase 13 milhões de desempregados, diz que causa “comoção e extrema preocupação” aos secretários “a possibilidade da extinção ou mesmo da redução” do Ministério do Trabalho.

Na quarta-feira (7), o presidente eleito afirmou que o Ministério do Trabalho será extinto.  “O Ministério do Trabalho vai ser incorporado a algum ministério”, disse, sem dar mais detalhes.

A Folha mostrou nesta terça (6) que a equipe de transição estuda extinguir a pasta.

Há alternativas em avaliação para que a condução dos temas ligados à área do emprego e renda ocorra de forma mais eficiente do que concentrada numa única pasta.  Uma delas é associar a área a algum órgão ligado à Presidência da República.

Entre as alternativas em discussão está fatiar as diferentes áreas, transferindo, por exemplo, a gestão da concessão de benefícios para órgãos ligados ao campo social e a gestão da política de trabalho e renda para o novo Ministério da Economia ou para um órgão dedicado às questões de produtividade, um dos temas considerados prioritários na equipe do futuro ministro Paulo Guedes.

Da FSP