Senado pode eleger Renan como contraponto ao novo governo
As idas e vindas da equipe de Jair Bolsonaro (PSL) acabaram fortalecendo o lobby em torno da candidatura de Renan Calheiros (MDB-AL) à presidência do Senado. A articulação extrapolou as fileiras de seu partido e ganhou adesões de veteranos do PSD e do PSDB, por exemplo, além de nomes do Judiciário. O favoritismo cresce à medida que as oscilações do grupo bolsonarista ampliam a sensação de que a próxima gestão será instável. Renan agora é vendido como o “anteparo de crises”.
A sucessão nos comandos da Câmara e do Senado entrou no radar de investidores estrangeiros que acompanham com cautela os sinais emitidos pelo presidente eleito no Brasil. Lá fora, explica um representante de uma corretora de valores, há a crença de que Bolsonaro aprova a nova Previdência em 2019.
Decorre dessa expectativa a importância que vem sendo dada ao jogo que será jogado no Congresso. No topo da Câmara ou do Senado, um parlamentar hostil à agenda do novo governo pode dificultar os planos.