Assessoras de Flávio Bolsonaro recebiam salário mas nunca apareceram na Assembleia
Em maio deste ano, Lídia Cristina dos Santos Cunha e Valdenice de Oliveira Meliga foram nomeadas na Alerj para trabalharem como assessoras parlamentares V do deputado estadual Flávio Bolsonaro na liderança do PSL. Cada uma recebe um salário líquido de R$ 5.124,62, segundo a folha de pagamento de outubro.
No entanto, Lídia e Valdenice nunca aparecem por lá, como informaram à coluna servidores do gabinete de Flávio. As duas batem ponto na sede do diretório regional do PSL, no Recreio dos Bandeirantes. Lídia é secretária-geral do partido. Valdenice, tesoureira. Ou seja: prestam serviços para a legenda e recebem salários pela Alerj.
Extorsão
Valdenice, mais conhecida como Val, é irmã dos gêmeos Alan e Alex Rodrigues de Oliveira, policiais militares presos em agosto na Operação Quarto Elemento, que investiga quadrilha de PMs especializada em extorsões.
Amiga da família
Os dois PMs participaram de agendas de campanha de Flávio Bolsonaro, eleito senador. Valdenice, aliás, é amiga da família do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Indicação
Já Lídia Cunha foi uma indicação de Valdenice e de Miguel Ângelo Braga Grillo, chefe de gabinete de Flávio e vice-presidente regional do PSL.
Confirmação
Funcionários do diretório do PSL, que fica no Condomínio do Edifício One Offices, na Avenida das Américas 18.000, confirmaram à coluna que Lídia e Valdecine cumprem expediente no local.
Lembrando
Oex-motorista de Flávio, Fabrício José Carlos de Queiroz, está isolado num apartamento na Barra da Tijuca preparando a defesa com um contador e um advogado.
Conta bancária
Segundo o Coaf, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão de forma suspeita.
Do O Dia