Bolsonaro convida Coreia do Norte para sua posse
O Ministério de Relações Exteriores (Itamaraty) confirmou que representantes da República Democrática Popular da Coreia, a Coreia do Norte, foram convidados para a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, em 1º de janeiro. Usando como argumento que se tratam de ditaduras, Bolsonaro e seus representantes desconvidaram os governos da Venezuela e de Cuba para a cerimônia.
No entanto, o governo norte-coreano, um dos regimes mais fechados do mundo, permanece na lista de convidados. O Brasil é um dos poucos países que mantêm relações diplomáticas com a Coreia do Norte. Procurado, o Itamaraty informou que “foram convidados para a cerimônia de posse presidencial países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas, incluindo aquele citado em sua mensagem (Coreia do Norte)”.
A regra para o convite extensivo foi definida pela equipe de Bolsonaro, e a organização da cerimônia ocorre com a participação de integrantes do atual e do futuro governo. O regime comunista de Kim Jong-un é constantemente criticado pela comunidade internacional por violações dos direitos humanos e civis de seus cidadãos e estrangeiros.
De acordo com um relatório das Nações Unidas, divulgado pela fundação Walk Free, a Coreia do Norte mantém 2,6 milhões de pessoas em situação de escravos. A maior parte desse contingente é de cidadãos que são obrigados pelo Estado a realizarem trabalhos forçados.
Na gestão de Kim Jong-un, a força de trabalho escrava é parte da economia do país. Além disso, praticamente não existe liberdade de imprensa no país e, desde cedo, as crianças são ensinadas a admirar o ditador nas escolas, além de receberem informações deturpadas sobre a política global. O acesso à internet é praticamente escasso para habitantes locais e todas as religiões são proibidas.
Em 2014, Kim, que comanda o regime mais fechado do mundo, foi eleito presidente com 100% dos votos, de acordo com a agência estatal de notícias KCNA. A família dele está no poder desde 1948.