Há que quebrar sigilos para investigar Bolsonaros
Funcionários familiarizados com as ações do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) dizem que só será possível entender a dimensão das transações identificadas nas contas de assessores da Assembleia Legislativa do Rio se os investigadores quebrarem o sigilo fiscal e analisarem as contas telefônicas dos envolvidos.
O Ministério Público do Rio recebeu nesta segunda (10) informações do Coaf sobre pessoas que trabalharam para 22 deputados, entre eles Flávio Bolsonaro (PSL).
Embora o Coaf não tenha encontrado informações que liguem essas transações a ilícitos, chamou a atenção dos auditores o fato de terem sido fracionados os pagamentos que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), diz ter recebido por um empréstimo de R$ 40 mil ao policial Fabrício José de Queiroz.
As suspeitas existentes sobre as contas do ex-assessor do filho de Bolsonaro, que movimentou R$ 1,2 milhão em transações consideradas atípicas pelo Coaf, causaram incômodo em integrantes da futura bancada do PSL. Muito conectados às redes sociais, eles têm recebido cobranças de eleitores.