Queiroz é esperado para depor

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O policial militar Fabrício Queiroz , ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), é esperado às 14h desta sexta-feira no Ministério Público do Rio, no Centro, para prestar esclarecimentos a respeito da movimentação atípica apontada pelo relatório do  Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Ele faltou ao depoimento marcado para a última quarta-feira e por isso a oitiva foi remarcada. Tratado como investigado, segundo nota emitida pelo MP, ele falará ao Grupo de Atribuição Originária Criminal (Gaocrim) da Procuradoria-Geral de Justiça.

Segundo o MP-RJ, na quarta-feira, a defesa do ex-assessor alegou que o PM teve “inesperada crise de saúde” e por isso não compareceu ao depoimento. Na nota, o órgão afirmou que “os advogados de defesa de Fabrício comunicaram, no início da tarde desta quarta-feira, que não tiveram tempo hábil para analisar os autos da investigação e relataram que seu cliente teve “inesperada crise de saúde” e estaria em atendimento para  a realização de exames médicos de urgência, acompanhado de sua família.  Em razão disso, o advogado solicitou o adiamento das oitivas e requereu cópia dos autos da investigação”.

De acordo com relatório do Coaf anexado às investigações Furna da Onça, Fabrício Queiroz teve  movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro e 2017. As transações não configuram ilícitos por si só.

O relatório do Coaf identificou repasses de oito funcionários e ex-funcionários de Flávio Bolsonaro para Queiroz no período analisado. O maior valor veio de Nathalia Melo de Queiroz, filha do PM e ex-funcionária dos gabinetes de Flávio e Jair Bolsonaro. Ela transferiu mais de R$ 84 mil. A mulher do ex-assessor, Marcia  Oliveira  de Aguiar, que também foi lotada na equipe de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), repassou R$ 18,8 mil.

O Coaf identificou ainda a ocorrência de depósitos fracionados em dinheiro vivo na conta do ex-assessor. Boa parte dos valores foram repassados a ele no mesmo dia ou em datas próximas ao pagamento dos servidores da Alerj. Também houve depósitos de valores idênticos em meses seguidos.

Do O Globo