Rejeitado nas urnas, general e ex-tucano ganha Secretaria com Moro

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O general Guilherme Theophilo será o secretário nacional de Segurança Pública em 2019. O anúncio foi feito nesta 3ª feira (3.dez.2018) pelo futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) de Brasília, sede do governo de transição de Jair Bolsonaro (PSL).

[Teophilo] Tem uma larga experiência e 1 longo currículo de trabalhos relevantes efetuados no Exército. Mais do que 1 homem de ação, embora ele seja, eu queria 1 homem de gestão”, disse Moro.

Theophilo, sob coordenação do general Walter Souza Braga Netto, fez parte da equipe que planejou a intervenção federal no Rio de Janeiro.

“Fiquei bastante impressionado com o trabalho no Rio de Janeiro pelo general Braga Netto, de reestruturação de segurança publica naquele estado. Trabalho similar é o objetivo na Senasp [Secretaria Nacional de Segurança Pública]”, disse.

O militar esteve em Brasília na semana passada para conversar com Moro.

Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro, mas foi criado no Ceará.

Ele é sobrinho de César Cals, que foi governador do Ceará durante a Ditadura Militar.

Ele é general de 4 estrelas da reserva. Chefiou os comandos Militar da Amazônia, Geral de Logística e da 12ª Região Militar.

Nas eleições de 2018, concorreu, a convite do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), ao governo do Ceará pelo PSDB. Perdeu para Camilo Santana (PT). Theophilo saiu do partido em novembro, 7 meses após a filiação.

Na década de 1970, o ex-tucano foi colega de Jair Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras. Ele apoiou Geraldo Alckmin (PSDB) para presidente no 1º turno e Bolsonaro no 2º.

O futuro ministro Moro negou que a nomeação de Theophilo tenha sido indicação política.

“O general foi, como é sabido, candidato nas eleições deste ano. Mas ele se desfiliou, então não existe nenhuma indicação político-partidária”, declarou.

O paranaense também anunciou o nome de Luiz Pontel, atual secretário nacional de Justiça, para a secretaria-executiva do ministério.

“[Pontel] Participou da investigação do Banestado. Foi 1 dos principais responsáveis pela prisão do Alberto Youssef. Atualmente ele é secretário nacional de Justiça, então já conhece a estrutura burocrática”, disse Moro.

Pontel é graduado em direito pela Instituição Toledo de Ensino de Presidente Prudente (SP). Formou-se em 1992. Tem duas pós-graduações: especialização em metodologia do ensino superior, na UnB (Universidade de Brasília), em 2000, e MBA em gestão de políticas de segurança pública pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), em 2006.

Delegado, ocupou diversas chefias na PF (Polícia Federal). A última foi a de diretor de gestão de pessoal, de 2015 a 2017, em Brasília. Saiu do cargo para ocupar o atual, na Secretaria Nacional de Justiça.

Do Poder 360