Após dizer que Hamas deveria explodir, Flávio Bolsonaro recua e apaga publicação
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) disse nesta terça-feira (2) que o movimento radical islâmico Hamas deveria explodir, um dia após o grupo palestino ter criticado a viagem de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, a Israel.
“Quero que vocês se EXPLODAM!!!”, escreveu o senador em uma rede social ao compartilhar uma reportagem do site da revista Exame sobre um pedido do Hamas para que o governo brasileiro se retrate.
Flávio está em Israel acompanhando o pai, que retorna para o Brasil na manhã desta quarta-feira (3).
Considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia, o Hamas controla a faixa de Gaza e mantém uma relação de hostilidades com Israel.
No fim de março, o governo israelense bombardeou posições do grupo palestino após foguetes terem sido disparado da faixa de Gaza em direção a Tel Aviv.
Na segunda (1º), o Hamas divulgou uma nota na qual condenou a viagem de Bolsonaro e afirmou que a aproximação do presidente brasileiro com o governo israelense “não apenas contradiz a atitude histórica do povo brasileiro, que apoia a luta pela liberdade do povo palestino contra a ocupação, mas também viola as leis e normas internacionais”.
A crítica foi feita após o presidente Bolsonaro ter feito uma visita ao lado do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, ao Muro das Lamentações. O local, sagrado para os judeus, fica na parte oriental de Jerusalém, região que também é reivindicada pelos palestinos.
Por isso, líderes mundiais evitam ir ao local ao lado do primeiro-ministro israelense e preferem classificar a visita como uma ação de caráter privado e não como uma visita de Estado.
Desde que foi eleito, Bolsonaro tem defendido uma aproximação com Israele no domingo (31) anunciou a abertura de um escritório comercial em Jerusalém, medida que desagradou os palestinos.
O brasileiro já disse também que pretende mudar a embaixada para a cidade, contrariando assim a posição da ONU, que aconselha os países a manterem suas representações em Tel Aviv até que a disputa por Jerusalém entre israelenses e palestinos esteja resolvida.