Flávio Bolsonaro fica contrariado ao saber de proposta de CPI das milícias
O senador do Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PSL) criticou a proposta de criação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) com foco nas milícias. “A CPI das milícias nada mais é do que a tentativa midiática de alguns explorarem politicamente o assunto, mais nada. Não tem nenhuma efetividade, basta ver quem é o autor do projeto”, disse.
Na última sexta feira, dois prédios desmoronaram na zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo o Ministério Público, a região é comandada por milicianos. O líder do poder paralelo é, diz o MP, o ex-policial militar Adriano da Nóbrega.
A mãe e a filha de Adriano eram nomeadas no gabinete na Alerj de Flávio Bolsonaro. Em 2008, quando Flávio era deputado estadual, uma CPI foi instalada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para apurar denúncias sobre o tema.
O grupo foi presidido pelo hoje deputado federal Marcelo Freixo (Psol). O partido de Freixo coleta assinaturas para instaurar comissão semelhante na Câmara dos Deputados agora. O deputado federal do Psol chegou a entregar ao ministro da Justiça, Sergio Moro, o relatório final da CPI instaurada na Alerj.
Flávio Bolsonaro defendeu a criação do que considera mecanismos melhores de investigação e punição para pessoas que exploram trabalhadores nas comunidades. Policiais já homenageados por Flávio ao longo de sua atividade legislativa são suspeitos de integrar milícias.
O senador disse que as homenagens foram feitas há cerca de quinze anos e que não pode se responsabilizar por “atos errados” que as pessoas venham a cometer no futuro.
Do Valor.