Colaboradores avaliam que Bolsonaro fez mal em antecipar nome de Moro ao STF
O compromisso do presidente Jair Bolsonaro de indicar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para a próxima vaga do Supremo Tribunal Federal (STF) “abriu a guarda” para uma nova série de ataques a Moro no Congresso.
Na avaliação de parlamentares ouvidos pelo Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Bolsonaro expôs o ministro antecipadamente e aumentou o desgaste que Moro vem enfrentando na Câmara e no Senado.
Pelas regras atuais, Bolsonaro terá de indicar um nome para o STF em novembro do ano que vem, quando o ministro Celso de Mello completa 75 anos de idade e deverá se aposentar compulsoriamente.
A promessa de indicar Moro foi revela por Bolsonaro em entrevista no domingo, 12. A indicação precisa passar pelo Senado antes de ser confirmada. Para o líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), Jair Bolsonaro “queimou a largada”. “A minha avaliação é que ele queimou a largada simplesmente porque todos nós sabemos que a pessoa com maior capacidade, tanto jurídica quanto moral, para ter essa indicação é o Sergio Moro”, disse Olimpio. “Acabou sendo contraproducente. O meu amigo Bolsonaro, no afã de valorizar o Sergio Moro, acabou o expondo, nesse momento, desnecessariamente”, afirmou o líder do partido do presidente no Senado.
Pelas regras atuais, Bolsonaro terá de indicar um nome para o STF em novembro do ano que vem, quando o ministro Celso de Mello completa 75 anos de idade e deverá se aposentar compulsoriamente. A promessa de indicar Moro foi revelada por Bolsonaro em entrevista no domingo, 12. A indicação precisa passar pelo Senado antes de ser confirmada. Para o líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), Jair Bolsonaro “queimou a largada”. “A minha avaliação é que ele queimou a largada simplesmente porque todos nós sabemos que a pessoa com maior capacidade, tanto jurídica quanto moral, para ter essa indicação é o Sergio Moro”, disse Olimpio. “Acabou sendo contraproducente. O meu amigo Bolsonaro, no afã de valorizar o Sergio Moro, acabou o expondo, nesse momento, desnecessariamente”, afirmou o líder do partido do presidente no Senado.
Olimpio afirmou ainda que a fala de Bolsonaro foi um gesto de afago ao ministro após a comissão de deputados e senadores que analisou a reforma administrativa do governo votar para tirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) da Justiça e Segurança Pública e transferir o órgão para o Ministério da Economia. “Eu tenho certeza que a intenção do presidente foi valorizar o Sergio Moro do tamanho que ele merece ser valorizado principalmente em uma semana de revés que não foi o Moro que teve, foi o Brasil”, declarou Olimpio, sobre a votação que mudou o Coaf de pasta e restringiu o poder de investigação dos auditores da Receita Federal. Na avaliação do líder do MDB Eduardo Braga (AM), é “estranho” Bolsonaro ter antecipado a intenção de indicar Moro a mais de um ano do tempo para a nomeação. “É fato que o anúncio desse compromisso com tanta antecipação o colocará exposto durante esse período”, afirmou o emedebista. “O que chama a atenção foi ele ter sido nomeado como ministro da Justiça diante de um compromisso anterior de ser ministro do Supremo”, emendou. A exposição, na opinião desses líderes, ainda não desgastaria Moro a ponto de o ministro não ter votos suficientes no Senado para ser confirmado para a vaga. “Não há menor preocupação”, disse Olimpio. Eduardo Braga, por sua vez, lembrou que nenhum nome foi recusado na Casa após a indicação de um presidente da República. “Ultimamente tudo tem acontecido pela primeira vez, mas não creio que seja o caso”, comentou o líder do MDB.
De Uol