Homenagem a Bolsonaro nos EUA vira fiasco: patrocinadores pularam fora
A honraria que deve ser entregue a Jair Bolsonaro nos Estados Unidos parece naufragar a cada dia. Desde o anúncio da escolha, em fevereiro, vários patrocinadores têm desistido de bancar a homenagem, marcada para o dia 14 de maio no hotel Marriott em Nova York.
Trata-se de um jantar de gala cujo ponto alto é a entrega do prêmio de Personalidade do Ano ao militar. O prêmio é iniciativa da Câmara de Comércio Brasil-EUA (BrazilCham). Segundo a entidade, Bolsonaro foi escolhido por ‘seu firme compromisso de construir uma parceria forte e duradoura entre as duas nações’.
Os homenageados das duas edições anteriores do evento foram João Doria, em 2017 e, no ano seguinte, Sérgio Moro.
Ontem, a megacompanhia aérea Delta Airlines comunicou a retirada do apoio ao evento. A consultoria financeira Bain & Co. e o jornal Financial Times já haviam recuado nesse mesmo dia. “Encorajar e celebrar a diversidade é um valor central para a Bain”, escreveu a consultoria em nota.
O Marriott não foi a primeira opção de sede. Conforme o plano inicial, a homenagem estava programada para acontecer em uma sala do Museu de História Natural, também em Nova York. A entidade, porém, recuou depois de uma enxurrada de protestos.
Mesmo esse aspecto pode sofrer algum revés na nova sede, já que rede de hotéis tem sido pressionada a honrar o compromisso com os direitos da comunidade LGBT — capitaneado pelo CEO Arne Sorenson — e assim, desistir de receber o evento.
Das empresas que ainda mantém o apoio, apenas duas não são bancos: a holding de saúde United Health e a revista Forbes. Os outros patrocinadores são Morgan Stanley, Bank of America, HSBC. Citigroup, JPMorgan, UBS, Santander e BNP Paribas.
Por Carta Capital.