A mais nova de Damares: defesa pela abstinência sexual

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A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Alves, afirmou que gostaria que a abstinência sexual fosse um tema abordado nas escolas. Em entrevista à BBC News Brasil, Damares disse que tratar da questão poderia evitar a infecção de jovens pelo vírus HIV e a gravidez precoce. Na mesma conversa, a gestora reclamou de receber a pecha de “ministra maluca”.

“Eu gostaria que a abstinência fosse também um método a ser discutido em sala de aula. Eu gostaria muito de conversar sobre isso com os jovens”, disse ela na entrevista, acrescentando: “Estamos vendo uma campanha muito grande do sexo pelo prazer, tão somente pelo prazer, mas voltar a falar do afeto, trazer o afeto para esse debate, acho que é o método mais eficiente para a não gravidez, não é a camisinha, não é o diu, não é o anticoncepcional, o método mais eficiente é a abstinência. Por que não falar sobre isso? Por que não falar de retardar o início da relação sexual? Eu defendo essa tese.”

Segundo ela, há meninas de 13 anos “que chegam a ficar com oito em uma única noite” em bailes funks:

“Por que não pensarmos num novo momento, a menina se guardar. Ou o próprio menino, se preservar para o seu grande amor.”

A ministra, que disse ter sido tachada de “maluca” numa tentativa de atingir o governo, esteve na Argentina para participar de uma reunião com parlamentares antiaborto e, na mesma ocasião, disse que a legislação sobre aborto no Brasil deveria continuar como está. Apesar disso, afirmou que é pessoalmente contra o aborto inclusive para vítimas de estupro. Para ela, essa mulher sofre duas vezes, e se é “vítima” do estupro, ao mesmo tempo é uma “carrasca” ao praticar o aborto. Ao falar sobre atenção à gestante, Damares elogiou o programa “Rede Cegonha” do governo Dilma Rousseff dizendo que a iniciativa era “incrível”.

“A que abortou, abortou. Aquela que não quer o bebê, ela tem programas de adoção no Brasil. Mas claro aquela que optou por não abortar, ela traz uma criança. E a gente não vê politica pública para essa mulher. A gente tem o aborto garantido para a que optou por abortar, mas não tem para a outra”, questionou.

Damares e o Tinder

Na conversa, a ministra contou ainda que pretende se casar e que até já tirou uma foto “para o Tinder”. Questionada sobre o que considera uma família, Damares tergiversou, mas disse que todos os arranjos familiares devem ser protegidos, principalmente, as crianças que ali vivem.

“Eu, por exemplo, sou uma família atípica. Eu sou uma mulher solteira. Solteira não, divorciada, abandonada, querendo casar. Eu até já tirei a foto para ir para o Tinder. Cortei cabelo. Eu ia para o Tinder de ministro, mas aí vi que só sobra um (risos). E eu acho que ele é divorciado. Aí eu ia para o Tinder de milionário, não pode. Tem que ter no mínimo US$ 200 milhões de dólares no fundo”, disse.

De O Globo