
Congresso e STF põem freio nas idiotices de Bolsonaro
Em entrevista à revista Veja e no podcast que inaugurou nesta segunda (24), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), escancarou a gestação de uma agenda própria de governo.
Em parceria com o seu colega de partido e presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), busca-se agora não apenas barrar sandices vindas da BIC presidencial.
A ideia é montar uma espécie de gabinete ministerial paralelo, comandado por Maia, Davi e os partidos que lhes dão sustentação no Congresso, e tirar daí projetos para a retomada do crescimento econômico, geração de emprego, saúde, educação, entre outras áreas.
Após uma experiência de mentirinha durante o Império, a fugaz existência nos anos 60 e a sua rejeição, pela população, no plebiscito de 1993, o parlamentarismo tenta pela quarta vez o sucesso no Brasil.
O plano Maia de governo inclui como prioridade, inclusive, o combate à pobreza e à desigualdade
—ação que, se algum dia foi pensada de forma séria por Bolsonaro, ele se esqueceu de torná-la pública.
Já o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso suspendeu, em decisão liminar (provisória), medida provisória (MP 886) editada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) que devolveu ao Ministério da Agricultura a atribuição de demarcar terras indígenas depois de o Congresso ter barrado tal iniciativa.
A decisão desta segunda-feira (24) foi no âmbito de três ações ajuizadas no STF —pela Rede Sustentabilidade, pelo PT e pelo PDT— e impõe nova derrota ao governo, que já havia perdido no Congresso.
Às loucuras de Bolsonaro obrigam as instituições a instalarem um “parlamentarismo branco” no país.