Decretada prisão preventiva de ex-corregedor da Fazenda de SP por bunker com US$ 180 mil
O juiz criminal Ezau Messias dos Santos, da comarca de Itatiba, converteu a prisão temporária – cinco dias prorrogáveis – do ex-corregedor-geral da Secretaria Estadual da Fazenda de São Paulo, Marcus Vinícius Vannucchi, em preventiva – tempo indeterminado. Ele estava preso desde dia 6, e o Ministério Público pediu o endurecimento da cautelar após a descoberta de um bunker secreto com US$ 180 mil e 1,3 mil euros.
Ele foi denunciado pelo crime de lavagem de dinheiro nesta quinta, 13. Na peça, promotores relatam que a sala oculta abre com controle remoto. A denúncia é assinada pelos promotores Fernanda de Mello, Marcelo Mendroni, Roberto Bodini, Luis Claudio de Carvalho Valente, Rodrigo da Silveira e Felipe Bertolli.
O juiz criminal Ezau Messias dos Santos, da comarca de Itatiba, converteu a prisão temporária – cinco dias prorrogáveis – do ex-corregedor-geral da Secretaria Estadual da Fazenda de São Paulo, Marcus Vinícius Vannucchi, em preventiva – tempo indeterminado. Ele estava preso desde dia 6, e o Ministério Público pediu o endurecimento da cautelar após a descoberta de um bunker secreto com US$ 180 mil e 1,3 mil euros.
Ele foi denunciado pelo crime de lavagem de dinheiro nesta quinta, 13. Na peça, promotores relatam que a sala oculta abre com controle remoto. A denúncia é assinada pelos promotores Fernanda de Mello, Marcelo Mendroni, Roberto Bodini, Luis Claudio de Carvalho Valente, Rodrigo da Silveira e Felipe Bertolli.
Segundo o magistrado, a descoberta da sala secreta revela ‘gravidade exacerbada e grande repercussão, a pôr em sobressalto e gerar indignação em toda a sociedade, a caracterizar o perigo à ordem pública’.
“Ressalte-se, outrossim, que condições favoráveis ao réu, como residência fixa, família e cargo público, não são suficientes, por si sós, para impedir a decretação da prisão cautelar, quando presentes os requisitos autorizadores, consoante reiterados precedentes jurisprudenciais”, anotou.
Vannucchi está preso na Operação Pecúnia non Olet, deflagrada no dia 6, pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartel e à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos (Gedec) do Ministério Público Estadual, e da Polícia Civil. Inicialmente, os investigadores acharam R$ 19 mil na casa de sua ex-mulher, Olinda, e R$ 2 mil em um imóvel do ex-corregedor.
Os dólares e euros foram encontrados em uma segunda busca na residência de Olinda, em Itatiba, na sexta, 7, após uma denúncia anônima revelar a existência do cômodo secreto à Polícia Civil e ao Ministério Público. Foram encontrados US$ 180 mil e 1,3 mil euros dentro de um móvel encontrado no bunker. Naquele dia, Olinda foi presa em flagrante, e a Justiça decretou sua prisão preventiva.
Em depoimento, Vannucchi afirmou que se tratava de uma ‘sala do pânico’ e disse que, na data de sua prisão, não citou sua existência por sofrer de uma síncope.
Sua defesa afirmou à Justiça que ele já havia autorizado a quebra de sigilo há dois anos, à Promotoria de Patrimônio Público de São Paulo, responsável por investigações na área cível.
A Promotoria descobriu que, por meio de seus familiares, o ex-corregedor ocultava um patrimônio milionário, menos 65 imóveis adquiridos com dinheiro ‘sem origem lícita’.
A Promotoria sustenta que o agente fiscal de Rendas separou-se da mulher, Olinda Alves do Amaral Vannucchi, com objetivo de dissimular bens, transferidos para o nome dela.
Segundo apurou o Estado, somente uma das empresas da ex-mulher comprou uma dezena de imóveis, por R$ 6,5 milhões, em um mês, no ano de 2016.
As investigações revelam que o casal retificou declarações de Imposto de Renda 41 vezes em sete anos. Se somadas a evoluções patrimoniais de Olinda e da mãe de Vannucchi, Hercília Chioda, que é professora, em um período de 7 anos, elas ganharam juntas R$ 12,5 milhões.
Do Estadão