Doria e Bolsonaro brigam por Fórmula 1

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A disputa Jair Bolsonaro e o governador João Doria (SP) sobre onde ficará a F-1 no Brasil a partir de 2021 deve evoluir para uma discussão em torno do emprego. Enquanto Bolsonaro calcula que o Rio ganharia muitos postos de trabalho com a mudança, São Paulo diz que a cidade perderia ainda mais.

O presidente anunciou em maio que o evento levaria 7.000 vagas para o Rio. Agora a prefeitura da capital paulista calcula que 10 mil empregos seriam tirados daqui.

O bate-boca também joga um balde de água fria em outro plano, a privatização do autódromo de Interlagos. “A fala de Bolsonaro muda o cenário. Uma eventual concessão perde a atratividade”, afirma Sandro Cabral, professor do Insper especialista em PPPs.

No meio da disputa, especialistas no setor estão levantando o perfil da Rio Motorsports, que encabeça o consórcio vencedor da licitação para construir o autódromo de Deodoro. Afirmam que seu presidente, José Antônio Soares Pereira Junior, ainda é pouco conhecido no meio.

A coluna procurou o empresário e questionou se a Mortosports, registrada nos EUA, tem sede física, além de sua capacidade de execução e histórico de atuação no setor. O empresário, conhecido como JR Pereira, disse via assessoria que “indicar que empresas criadas em Delaware são algo ilegal e obscuro é tese absurdamente equivocada”.

Em nota, o empresário diz que a Rio Motorsports “está sob o escrutínio das leis dos EUA e sujeita à profunda e rigorosa fiscalização do governo daquele país”.

Ainda segundo a nota, “qualquer insinuação que aponte falta de experiência no esporte denota, no mínimo, desconhecimento do mercado”. Pereira destaca a presença de parceiros renomados.

Segundo JR Pereira, as empresas que participam da holding têm capacidade técnica reconhecida mundialmente, como o arquiteto Hermann Tilke, autor de pistas em Xangai, a construtora espanhola Acciona, e outras.

Da FSP