Fiesp premia Bolsonaro por medidas contra o povo
Se até poucos meses atrás o vice Hamilton Mourão era tido como “o interlocutor do governo com a iniciativa privada”, o jantar do empresariado com Bolsonaro na casa de Paulo Skaf (Fiesp) nesta terça-feira (11) serviu para devolver ao presidente o protagonismo nas relações com o setor produtivo.
A impressão de que Bolsonaro evita dialogar se desfez após um encontro informal em que mais de 40 empresários e executivos tiveram livre acesso a ele e ao ministro Paulo Guedes.
Conforme um dos empresários, o que os cativou não foram exatamente as falas em defesa da Previdência já tão repetidas publicamente por Paulo Guedes e Bolsonaro, mas a postura assertiva da dupla em relação ao choque liberal e a abertura para ouvir as ideias apresentadas.
Um dos presentes saiu do jantar tocado pela simplicidade com que Bolsonaro abraçou e cumprimentou os garçons.
Presidente e ministro chegaram cedo ao jantar, antes de muitos convidados. Sobrou tempo para bater papo com todos. Até quem vinha se queixando da dificuldade de acesso nos últimos meses teve chance de conversar com eles em grupos de cinco a três pessoas.
O presidente não tocou no tema das conversas vazadas entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol, nem foi questionado, segundo um alto executivo. Todos tiveram boa educação, diz o convidado.
Os detalhes do jantar foram preparados com tanto cuidado que foi o próprio Skaf quem chamou pessoalmente ou por telefone alguns dos convidados. O evento foi tão reservado que os participantes foram desacompanhados, sem assessores nem cônjuges.
Compartilhada por empresários como Luciano Hang nas redes sociais, a mensagem colada nas torres comerciais ao lado do shopping JK Iguatemi, em São Paulo, é do banco Santander. Segundo a empresa, a repercussão nas redes é positiva, perto de 95%.
Da FSP