Para empresários, Bolsonaro perde o foco das reformas com temas irrelevantes

Todos os posts, Últimas notícias

O jantar em que o líder da Fiesp, Paulo Skaf, receberá Jair Bolsonaro e mais de 20 empresários no dia 11 é visto pelos convidados como oportunidade de fazer aproximação e esclarecer certos pontos. Apesar da confiança depositada pelo setor privado na figura do ministro Paulo Guedes e da crença de que existe convicção em torno da agenda liberal, persiste em alguns a impressão de que Bolsonaro escapa das reformas prioritárias e perde tempo com temas irrelevantes.

A ideia não é disparar críticas duras ao presidente antes da sobremesa na casa de Skaf. Eles querem apenas dar uns toques. Segundo um empresário, a mensagem a ser passada é que quem tem o dinheiro na mão para investir pode se assustar com a falta organização do governo.

Um exemplo de recuo considerado desnecessário foi o decreto para flexibilizar o porte de armas. Se era tão óbvio que não é adequado permitir que o cidadão comum porte fuzil, por que tentar levar a medida adiante?, pergunta um empresário.

Para alguns nomes de peso do setor privado, Bolsonaro não lhes oferece o prestígio merecido. Eles pretendem sinalizar que, quando solicitam reuniões com o governo, não gostam de ser recebidos pelo escalão inferior.

 O lamento não é diferente da crítica publicada no Twitter nesta terça (4) pelo presidente da comissão especial da reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PL-AM, ex-PR).

 “O presidente Bolsonaro não tem noção de prioridade. Enquanto estamos num seminário sobre reforma, ele está vindo para a Câmara apresentar PL que trata de aumentar pontos na carteira de maus motoristas”, escreveu Ramos.

Da FSP