Para não ser convocado, Moro pediu para depor no Congresso

Todos os posts, Últimas notícias

 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, vai depor na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em audiência marcada para a quarta-feira, 19, sobre as conversas vazadas dele com o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

Na sessão do Congresso Nacional desta terça-feira, 11, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), leu um ofício, entregue pelo líder do governo Bolsonaro na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), no qual Moro se coloca à disposição para ser ouvido. A informação foi confirmada a VEJA pela assessoria do senador Humberto Costa (PE), líder do PT.

Em seu perfil oficial no Twitter, Alcolumbre publicou a íntegra do documento. “Fui informado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, de sua disponibilidade para prestar os esclarecimentos à Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal sobre notícias amplamente veiculadas na imprensa relacionadas à Operação Lava Jato”, diz Bezerra Coelho.

O emedebista manifestou, ainda, “confiança” em Moro, certo “de que esta será uma oportunidade para que ele demonstre a sua lisura e correção como juiz federal, refutando as críticas e ilações a respeito da sua conduta”.

Nos bastidores, a oposição se articulava para apresentar um requerimento para convocar o ministro a prestar esclarecimentos sobre as mensagens, que foram reveladas no domingo 9 pelo site The Intercept Brasil. Em alguns desses diálogos, Moro orientava Dallagnol, que era o responsável pela acusação que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão, e, em um deles, chegou a sugerir testemunha para ser ouvida.

Para os oposicionistas, as conversas mostram que houve imparcialidade do então juiz da Operação Lava Jato no Paraná no julgamento do processo de Lula.

De Veja