Presidente da Câmara defende inocência de Crivella um dia após rega-bofe particular

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Vereador desde 1967 e presidente da Câmara do Rio de Janeiro pela quinta vez consecutiva, Jorge Felippe (MDB), se vê em uma situação inédita: em pouco mais de um mês, votará o impeachment de Marcelo Crivella (PRB). Decano, o vereador é apontado como o principal articulador do seu partido que, com uma bancada de dez parlamentares, tem o poder de definir a cassação do prefeito. Em entrevista hoje ao UOL, concedida no dia seguinte à sua festa de 69 anos, na qual o prefeito esteve e tirou fotos com ele, Felippe nega que a presença do chefe do Executivo na comemoração indique uma aproximação e um direcionamento nos votos do MDB. “É normal que dialoguemos, temos uma relação amistosa”, desconversa.

Na semana passada, em entrevista ao Jornal Extra, ele já havia dito que não acreditava no impeachment.

No mesmo dia, Crivella afirmou que o “impeachment já morreu e será varrido para o lixo da história”, gerando indignação entre vereadores.

Jorge Felippe inocenta Crivella ao mesmo tempo em que defende a suspensão dos contratos que embasam a denúncia de impeachment. “Os depoimentos colhidos não identificam a impressão digital do Crivella em nenhum crime.

Se há ilegalidade nos procedimentos, a Câmara deverá sustar os efeitos do contrato através de decretos legislativos.

Para mim, os contratos têm que ser anulados. O que tem que se apurar é se houve prejuízo aos cofres públicos segundo a denúncia.

A defesa do prefeito alega que a extensão dos contratos não provocou prejuízo ao município. A denúncia é do fiscal Fernando Lyra, servidor municipal.

A Comissão Processante vai redigir um relatório até o mês que vem, que será analisado pelos vereadores antes do voto final e desfecho do processo.

De Uol