Presidente de Portugal é condecorado “rei amor”

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Nesta cerimónia na sede do Distrito Autónomo de Abidjan, já sem a coroa, o pano, as sandálias, o colar e o bastão de chefe tradicional, Marcelo Rebelo de Sousa fez questão, no entanto, de se declarar “muito contente de ser Presidente da República e não rei”.

“Seria muito pesado para um republicano ser rei. Muito, muito pesado”, acrescentou.

Antes, o governador Robert Beugre Mambe entregou-lhe a chave e o diploma de cidadão honorário do distrito de Abidjan, os símbolos de chefe tradicional e comunicou-lhe o seu novo nome, “Apôh”, explicando que “quer dizer amor, caridade, devoção, consenso, encontro”.

Robert Beugre Mambe considerou que se ajusta ao percurso e à personalidade de Marcelo Rebelo de Sousa, “um homem de direito, um homem de comunicação, um homem de Estado, com amor profundo pelo seu país”, que “sabe falar com todos” dentro e fora de Portugal, “um homem de paz”.

O Presidente da República gostou do nome. “Em Portugal dizem que eu sou o Presidente dos sentimentos, das emoções, dos afetos, da proximidade das pessoas”, referiu, num discurso de agradecimento, em francês.

Marcelo Rebelo de Sousa assegurou que não só ele, mas “todos os portugueses e as portuguesas são assim”, e defendeu que “todos os cidadãos do mundo deveriam ser assim” e “saber compreender os outros”

O Presidente da República termina hoje a sua visita de Estado à Costa do Marfim, onde na quinta-feira, perante o seu homólogo costa-marfinense, confirmou oficialmente que Portugal irá abrir uma embaixada em Abidjan.

Antes de regressar a Lisboa, o Presidente da República visita ainda o Centro de Tratamento de Resíduos de Abidjan, operado pela Mota-Engil, e terá encontros com representantes da comunidade portuguesa na Costa do Marfim, estimada em cerca de 200 pessoas, e com alunos de língua portuguesa.

O ex-vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, encontra-se em Abidjan e também estará nessa visita, na qualidade de membro do Conselho Consultivo da Mota-Engil. Portas deixou a liderança do CDS-PP em março de 2016 e renunciou ao cargo de deputado três meses depois, para se dedicar sobretudo à vida empresarial.

De DN