106 deputados pró reforma optaram por aposentadoria especial
Dos 379 deputados federais que votaram favoravelmente à Reforma da Previdência, 106 estão inscritos no regime de aposentadoria especial dos congressistas.
Embora o texto aprovado em Plenário nesta quarta-feira, 11, acabe com esta regra, a mudança só deve valer para os futuros parlamentares.
Outros 52 deputados que também aderiram à aposentadoria especial votaram contra as mudanças nas regras previdenciárias.
Atualmente, o chamado Plano de Seguridade Social dos Congressistas prevê que os políticos podem se aposentar com os benefícios integrais após 35 anos de mandato ou 60 anos de idade, para ambos os sexos.
Hoje o valor da contribuição do parlamentar ao regime próprio é 11% do valor do subsídio parlamentar atual (R$ 33.763,00). Já o valor do benefício é proporcional ao tempo de exercício no cargo. Os deputados inscritos podem abrir mão desta aposentadoria especial.
O texto aprovado nesta quarta endurece as regras para quem já está inscrito no regime especial: elas preveem que os parlamentares devem completar 65 anos (se homem) e 62 anos (se mulher), além de ter de trabalhar 30% a mais do que o tempo que falta para completar o período mínimo de contribuição.
De acordo com dados da própria Câmara atualizados até esta quinta, entre os parlamentares que votaram favoravelmente à Reforma da Previdência e mantêm sua inscrição no regime próprio estão o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o relator do texto na comissão especial, Samuel Moreira (PSDB-SP) e o ministro Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que afastou-se da chefia da Casa Civil para comparecer à votação.
De Veja