Bolsonaro diz que Eduardo será “nosso cartão de visita nos EUA”
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) será o cartão de visita do Brasil nos Estados Unidos, caso seja aprovada sua indicação para ocupar o posto de embaixador brasileiro em Washington, afirmou nesta sexta-feira (12) o presidente Jair Bolsonaro (PSL), pai do parlamentar.
Bolsonaro falou no fim de um evento em comemoração do Dia Nacional do Futebol, no Ministério da Cidadania.
“Ele vai ser vitrine. Acha que ia botar uma pessoa que não tivesse competência para exercer uma nobre missão como essa?”, disse. “Ele vai ser nosso cartão de visita lá. Sabe da tremenda responsabilidade que terá pela frente.”
O presidente aproveitou para criticar os últimos embaixadores de governos do PT em Washington, sem citar nomes. “Me aponte uma ação deles favorável ao Brasil, como eu tive em Israel. O embaixador de Israel naquele momento, do PT, foi para a Palestina para não conversar comigo. Então, não podemos ter embaixador escolhido pelo critério ideológico para frequentar postos-chave no Brasil.”
Ele lembrou ainda do ex-embaixador em Cuba Tilden Santiago, indicado para o posto em 2003. “Quando o Tilden Santiago, que não foi reeleito [deputado] federal, em 2002, foi para Cuba, ninguém falou nada. Para o Tilden Santiago, Cuba era o paraíso, ele foi lá para descansar, tanto é que engordou muito mais, saiu mais pesado do que quando saiu daqui.”
Para a formalização da indicação, segundo o presidente, falta a resposta dos Estados Unidos ao nome. “Duvido, acho muito difícil ter um negativo por parte dos EUA.”
No Senado, disse acreditar que o nome de Eduardo será aprovado, embora tenha previsto que “talvez haja o viés político por parte de alguns.”
Na quinta-feira, Bolsonaro disse não haver impedimento na indicação e que ela atenderia interesse público, uma vez que Eduardo teria boa relação com o governo do presidente Donald Trump.
“Tem algum impedimento? Não tem impedimento. Atende o interesse público. Qual o grande papel do embaixador? Não é o bom relacionamento com o chefe de estado daquele outro país? Atende isso? Atende. É simples o negócio”, disse.
Em outra frente, o Palácio do Planalto também negocia a aprovação do nome de Eduardo pelo Legislativo. Bolsonaro já tratou do assunto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Pelas contas feitas pelo governo, hoje Eduardo teria um placar apertado na Comissão de Relações Exteriores: apoio de 8 dos 17 integrantes do colegiado.
Por isso, o Palácio do Planalto já admite a possibilidade de que o tema seja levado ao plenário, no qual o governo teria vantagem.
Da FSP