Bolsonaro se reuniu hoje com Moro para discutir laranjal do PSL

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Foto: Adriano Machado | Folhapress

O presidente Jair Bolsonaro se reuniu na manhã desta segunda-feira (1º), no Palácio do Planalto, com o ministro da Justiça, Sergio Moro.

O encontro, não incluído na agenda presidencial, foi registrado pelo Ministério da Justiça. Ele foi marcado para discutir a investigação da Polícia Federal sobre candidaturas de laranjas do PSL, caso revelado pela Folha.

No fim de semana, em viagem ao Japão, o presidente disse que se reuniria com o ministro para discutir sobre a ampliação das investigações sobre todos os partidos que apresentam indícios de candidaturas de fachada.

“Eu quero que amplie esse processo, que se punam os culpados e se mostre realmente todos aqueles que receberam recursos enormes e depois tiveram uma votação diminuta”, disse.

A expectativa é de que Bolsonaro também se reúna nesta segunda-feira com o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que teve três aliados presos em operação da Polícia Federal.

A maior parte do núcleo militar defende que o presidente demita imediatamente o ministro, evitando que a sua permanência desgaste ainda mais a imagem do governo.

Segundo assessores palacianos, no entanto, Bolsonaro tem sinalizado em conversas reservadas que não pretende afastar neste momento Álvaro Antônio. Ele quer aguardar mais um pouco o avanço da investigação.

Desde que o caso das candidaturas laranjas do PSL veio à tona, Bolsonaro tem dito que aguarda a investigação para tomar alguma medida. A repercussão do episódio resultou na saída de Gustavo Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência.

O então ministro, que comandou o PSL em 2018, disse na ocasião que as revelações não haviam resultado em uma crise dele com Bolsonaro, mas acabou sendo desmentido publicamente pelo vereador Carlos Bolsonaro. O presidente ficou ao lado do filho e demitiu o ministro.

A polícia também investiga esquema de laranjas no PSL de Pernambuco, estado do presidente nacional da sigla, o deputado federal Luciano Bivar.

A Folha mostrou em fevereiro que candidatos com votações pífias receberam ao menos R$ 15 milhões em dinheiro público dos fundos partidário e eleitoral.

Da FSP