Filho de Trump nega hipótese de assumir embaixada em Brasília
Eric Trump , executivo filho do presidente americano, Donald Trump , negou, por meio de uma porta-voz, o boato de que possa assumir como embaixador dos Estados Unidos no Brasil . A informação foi transmitida ao GLOBO por Kimberly Benza, que atua como assistente de Eric. O filho de Donald Trump atualmente é vice-presidente executivo da Trump Organization, conglomerado internacional construído por seu pai antes de se tornar presidente.
“Eric dirige a Trump Organization e está comprometido com o negócio. Apesar de o Brasil ser um país incrível, isso nada mais é do que um boato”, disse Benza, em mensagem ao GLOBO. Antes disso, a informação fora adiantada pela BBC Brasil.
A informação sobre possível indicação de Eric Trump à embaixada em Brasília fora comunicada ao Globo por fontes do Palácio do Planalto, horas após o presidente Jair Bolsonaro anunciar que pretendia indicar o filho Eduardo para a embaixada em Washington.
O deputado tem atuado como chanceler informal e articulador das relações internacionais do pai desde antes da posse de Bolsonaro na Presidência. Ele acompanhou o presidente em quase todas as viagens internacionais desde janeiro, incluindo visitas a Estados Unidos, Israel e Argentina, e organizou, em dezembro, a Cúpula Conservadora das Américas, em Foz do Iguaçu.
Eduardo, seguidor do guru da direita Olavo de Carvalho, também buscou proximidade com Steve Bannon, estrategista da campanha à Presidência de Donald Trump em 2016, que o indicou como representante, na América Latina, do seu grupo político de extrema direita Movimento. Bannon mora em Washington, e cogita-se que um dos motivos da ida do deputado para a capital americana seja para aproximá-lo à rede ultradireitista mundial.
Uma das principais críticas feitas à indicação, inclusive por apoiadores do presidente nas redes sociais, é o fato de Eduardo ser filho de Bolsonaro. O presidente defendeu que a nomeação “não é nepotismo” e que o filho teria méritos para ocupar o cargo. Os críticos lembram que a nomeação do filho de um presidente para o posto diplomático mais importante no exterior seria inédita na história brasileira.
De O Globo