Moro dá respostas feito disco riscado, de maneira cínica e mentirosa
É impressionante o cinismo do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Desde o início de seu depoimento à Câmara dos Deputados, agora à tarde, ele repete feito um disco riscado:
“Sensacionalismo”
“Obtido de maneira ilegal”
“Supostas mensagens”
“Não reconheço o teor”
“Analisando o teor, não há nada demais”
“É hackeado”
Ou seja, ele não sabe nada, ele não acha nada, ele não fez nada, ele não desmente nada, ele não confirma nada.
Maria do Rosário, em sua fala enfática, disse o que eu e muitas pessoas gostariam de dizer diretamente a este ser humano abjeto: “O senhor é de um cinismo!”. Sim, Moro é cínimo, dissimulado.
Acho importante que ele tenha comparecido nessas duas audiências (Senado e Câmara) logo após o início dos vazamentos feito pelo The Intercept Brasil. Assim, ele queima todos os cartuchos do seu cinismo de uma vez só.
Se diante das poucas informações já veiculadas é esse vácuo absoluto que Moro tem a dar como resposta à sociedade, o que ele dirá quando forem vazados áudios e novas conversas, mais comprometedoras?
E, mesmo que ficássemos por aqui com os vazamentos, é assombroso um ex-juiz afirmar que “não há nada demais nos supostos diálogos” publicados. Não há? Só se for para esse filhote de fascista, que se inspirou em uma operação italiana, a Mãos Limpas, que jogou a Itália em um breu absoluto.
Não há nada demais nos diálogos vazados para quem não conhece a legislação do país, para quem não tem ética ou caráter. As mensagens de Moro e dos procuradores revelam o que há de mais sórdido: o uso das instituições do Estado Democrático de Direito para distorcer a justiça, corrompê-la, estraçalhá-la para obter resultados políticos. Foi o que esse canalha fez. Ele e sua turma de playboys “moretes” do MPF e os juízes das instâncias superiores.
Estes, aliás, são os piores. Juízes que deveriam resguardar a lei, reformando decisões equivocadas ou ilegais de instâncias inferiores, são o topo desse excremento que tem jorrado de parte do nosso judiciário.
Moro vai começar e terminar o depoimento respondendo as mesmas asneiras. É o cinismo em estado puro. Porém, é importante que lá ele esteja para ouvir a bancada da oposição esfregar-lhe na cara sua fragilidade no campo jurídico, no ético, no moral e no político.
Ele tinha a caneta e a toga. Tinha. Era ali que ele se escudava, pois podia escolher onde, quando e para quem aparecer. Hoje, Moro não passa de um político como qualquer um ali. Desceu, porque se achou invencível, de seu pedestal de togado.
Hoje, Moro é um político ordinário. E, sem experiência, nesse campo ele perde. Moro vai derreter cada vez mais. O tempo e novos vazamentos vão desidratar essa figura grotesca e patética.
A Avenida Paulista, reduto de boa parte da elite escravocrata e ignorante do país, ainda está coalhada de militontos (os tontos do MBL e Cia.). Mas cada vez menos terão fôlego essas manifestações. O país está afundando na economia e na imagem internacional. A verdade está vindo à tona.
Muita gente acreditou nesse golpista, achando que ele estaria, de fato, combatendo a corrupção. Mas as coisas estão vindo à tona. Num futuro próximo, só vai continuar defendendo esse criminoso aqueles que não tiverem vergonha na cara. Vem mais Vaza Jato por aí, Moro. Te prepara.