Moro, Dallagnol e Antas deviam assistir Snowden, o filme

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Por Eduardo Guimarães.

Se o Brasil tivesse redes de televisão éticas e voltadas ao bem comum, o filme Snowden, do diretor Oliver Stone (Platoon, JFK, Wall Street, O Expresso da Meia Noite), deveria ser mostrado aos brasileiros para que entendam quem é Glenn Greenwald.

Quem alçou Edward Snowden à fama foi Greenwald e não o contrário, como muitos pensam, e o filme deixa isso muito claro.

A fúria jornalística de Greenwald foi o que permitiu que o The Guardian – jornal britânico no qual ele trabalhava quando jogou os “Snowden Files” no ventilador – informasse não “só” ao mundo os métodos dos EUA para vigiar a humanidade, mas aos norte-americanos.

O mais impressionante do caso Snowden é que revela que a bisbilhotice da NSA era mais intensa sobre os próprios norte-americanos do que contra outros povos, incluindo os povos de países que, segundo os EUA, acobertam o “terror”.

O que os novos inimigos de Greenwald deveriam ver na obra de Oliver Stone de 2013 é o que Greenwald dizia e fazia há seis anos. No filme, atualíssimo, o editor do Intercept repete a frase que tem dito sobre Moro, de que “Ele não sabe o que temos e vem por aí”.

Greenwald, quando ajudou Snowden a encurralar o governo norte-americano, já dizia do método que usava e que continua usando para fazer mega denúncias: a progressividade, a divulgação metódica e em capítulos do material de que dispõem.

Quem quiser saber com quem os fascistas brasileiros compraram encrenca não pode deixar de assistir The Snowden Files, obra na qual a verdadeira dimensão de Glenn Greenwald fica clara. Só não recomendo o filme àqueles que ele vem denunciando…

Foto: The Guardian