Site porta-voz de Moro critica juiz por “parcialidade”
A Associação Juízes para a Democracia (AJD) esteve no noticiário recentemente porque a sua “presidenta”, Valdete Souto Severo, foi liberada do trabalho, mas não da remuneração, pelo TRT do Rio Grande do Sul, para exercer atividade político-partidária na associação, que está longe de ser uma entidade de classe. A decisão foi condenada pelo Tribunal de Contas da União, como registramos.
A AJD evita revelar os nomes dos seus integrantes e não se sabe exatamente o número de juízes que dela fazem parte. O Antagonista apurou, no entanto, que o desembargador Rogério Favreto, o plantonista que tentou libertar Lula num domingo do ano passado, contrariando a sentença do TRF-4, integra a associação. Favreto faz parte do “Núcleo do Rio Grande do Sul”, juntamente com Daniela Floss e Luís Christiano Enger Aires.
A associação da qual Favreto é integrante prega abertamente a libertação de Lula, em evidente atividade político-partidária. No próximo 8 de agosto, por exemplo, membros da AJD pretendem entregar uma carta a Lula, denunciando as “ilegalidades” no processo da sua condenação. Mais: na última reunião da cúpula da associação, foi aventada a ideia de impetrarem um habeas corpus em favor do chefão petista — proposta que acabou rejeitada.
Em relação ao episódio protagonizado pelo plantonista Favreto, o Conselho Nacional de Justiça o absolveu e o STF arquivou o inquérito por prevaricação. Mas, repita-se, ele integra uma associação de caráter político-partidário que prega a libertação de Lula, o condenado ao qual Favreto concedeu HC.