Ágatha: familiares protestam com população do Rio
Manifestantes protestam em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) nesta segunda-feira (23) após a morte da menina Ágatha Félix, aos 8 anos de idade, no Conjunto de Favelas do Alemão.
Parentes, testemunhas e o motorista da Kombi onde ela foi baleada dizem que a criança foi atingida por um disparo feito por um policial militar, que nega.
Uma faixa com a frase “Parem de nos matar” foi colocada na escadaria do Parlamento.
Tia de Ágatha, Daniele Lima Félix se uniu aos ativistas e cobrou uma resposta das autoridades.
“A gente precisa que a Justiça seja feita, estamos aqui para cobrar a Justiça. Que este caso não seja mais um na estatística de bala perdida dentro da comunidade”, disse.
“Ela era uma linda de apenas 8 anos que estudou a manhã inteira, foi passear com a mãe à tarde e estava a 5 minutos de casa. Estar aqui significa pra gente não deixar cair na estatística que nem tantos outros já viraram”, concluiu.
O protesto pacífico foi convocado por movimentos sociais. Estudantes chegaram cedo para lamentar a morte da criança.
“Quando a gente diz que bandido bom é bandido morto, a gente acaba matando crianças. Fico (emocionada) porque podia ser eu. Minha mãe, saindo de casa, já quase tomou uma bala perdida. Podia ser qualquer um de nós”, diz a estudante Mariana Pinheiro.
Os ativistas carregam balões amarelos em homenagem a uma foto da menina na qual ela carrega um balão em uma festa.
“Acho que a gente está cansada de ter medo, basicamente. A gente está cansado de ser alvo o tempo todo”, desabafa Taiane Evelyn, estudante de psicologia.