Aras já começou a atirar contra Dodge
Depois de passar meses praticamente em ponto morto, com procedimentos estrategicamente guardados para serem arquivados só depois da definição de Jair Bolsonaro sobre a sucessão na Procuradoria-Geral da República, Raquel Dodge limpou as gavetas nesta semana e tratou de despachar portarias para todos os lados.
Além de confirmar que sua gaveta era mesmo grande e guardava muitos atos, Dodge criou uma certa “Assessoria de Apoio Interinstitucional do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público”.
O novo cabide, desenhado para uma procuradora amiga de Dodge, funcionará, segundo a justificativa, vinculado às presidências de ambas instituições, “com atribuições para, dentre outras que lhe sejam atribuídas, auxiliar em atividades e estudos voltados à promoção da integração institucional e ao aperfeiçoamento do sistema nacional de justiça”.
Em conversas com senadores nesta quarta, Augusto Aras, o novo chefe da PGR escolhido por Bolsonaro, tinha uma explicação curta para o ataque de portarias de Dodge: “Ela quer engessar a futura gestão”.
De VEJA