Chile pede reação contra fala de Bolsonaro sobre ditadura

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Foto: Agência Brasil

O presidente do Senado chileno, Jaime Quintana, repudiou o ataque de Jair Bolsonaro à ex-presidente do país. Michelle Bachelet, atual Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos. Quintana disse que ao defender a tortura de Alberto Bachelet, pai da ex-presidente, durante o regime Pinochet. Bolsonaro “agride a memória dos chilenos”. O presidente do Senado disse que ataque monstruoso de Bolsonaro “deverá provocar um repúdio transversal e contundente de todos os setores políticos chilenos”.

Quintana disse ainda que  “Bolsonaro está colocando-se fora das relações multilaterais e não está à altura de um chefe de Estado em nenhum país do mundo”. O parlamentar exigiu uma postura firme do presidente do país, Sebastián Piñera, aliado de Bolsonaro. Quintana falou ao jornal chileno La Tercera  nesta quarta-feira (4) logo depois dos ataques de Bolsonaro.

Jair Bolsonaro agrediu Bachelet, duas vezes presidente do Chile ( 2006-10 e 2014-18) depois que ela, tampém nesta quarta, concedeu uma entrevista coletiva em Genebra na qual, perguntada sobre o Brasil, disse que  o “espaço democrático” no país está diminuindo e manifestou preocupação pelo estado dos direitos humanos no país. Bolsonaro reagiu com uma postagem no Facebook elogiando o fato de o pai da ex-presidente, o general-brigadeiro Alberto Bachelet, ter sido preso e barbaramente torturado pelo regime Pinochet, morrendo em 1974 em consequência da violência sofria no cárcere. Bolsonaro escreveu que “seu país [Chile] só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai brigadeiro à epoca”.

Quintana informou que as comissões de Direitos Humanos e de Relações Exteriores do Senado do Chile  deverão emitir notas oficiais ainda hoje e que espera “uma reação enérgica” de Piñera e da Chancelari “ao que é uma agressão a todos os chilenos e chilenas”

Da Veja