CPI investigará se Moro se vendeu a Bolsonaro

O cerco se fecha em torno de Moro e Dallagnol. Foi aprovada na Câmara dos Deputados a CPI da Lava Jato. A investigação pode provar, por exemplo, que Bolsonaro ofereceu o cargo de ministro da Justiça a Moro para ele tirar Lula da eleição de 2018.

O inferno astral de Sergio Moro e Deltan Dallagnol deve piorar muito antes de melhorar. Uma imensidão de investigações se abaterá sobre os dois no mês de outubro no STF. Segundo informações da Folha de SP, “Na avaliação de ministros, há maioria a favor de teses contrárias à operação, como suspeição de ex-juiz e prisão em 2ª instância”

Dallagnol está acuado, fugindo de dar respostas e tendo que bajular até o novo procurador-geral da República, amplamente repudiado pelo Ministério Público. Além disso, pesam contra ele no CNMP 13 procedimentos investigativos.

Contra Moro, o STF promete julgar em outubro o pedido de suspeição e a temporada de caça ao magistrado naquele tribunal já começou. Nesta sexta-feira 13 (!), o Supremo começa a julgar suspeição de Moro por ter atuado no caso Banestado. E isso é só o começo. Ao longo do mês, as conversas de Moro e Dallagnol serão objeto de discussão no tribunal.

Mas foi nesta mesma sexta-feira 13 que o azar de Moro e Dallagnol subiu às alturas. Com folgada adesão, a Câmara dos Deputados aprovou a CPI da Lava Jato. Segundo o jornal O Estado de SP, a investigação tem forte apoio.

O significado de tudo isso é muito mais amplo do que se pensa. Na Vaza Jato, que deu origem à CPI em tela, Dallagnol aparece se deixando corromper por uma empresa citada na Lava Jato; a empresa foi tirada por ele de uma investigação após lhe pagar 33 mil reais.

Quanto a Moro, o desembargador Siro Darlan explicou que o ex-juiz cometeu vários crimes que, no âmbito da CPI da Lava Jato, podem fazer com que ele venha a compartilhar uma cela com Dallagnol, futuramente.

Será investigado indício revelado pelo Intercept de que Moro condenou Lula para tirar o ex-presidente do caminho de Bolsonaro em troca do cargo de ministro da Justiça. Contrariando o que afirmam presidente e ministro da Justiça, diálogos da Vaza Jato sugerem que Moro e Bolsonaro conversaram no segundo turno da eleição de 2018

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