Governo persegue ex-presidente da Comissão de Mortos e Desaparecidos

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Foto: Diego Padgurschi/Folhapress

A Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos deve abrir nos próximos dias um procedimento para investigar a suspeita de atuações irregulares da ex-presidente Eugênia Gonzaga.

Ela foi afastada neste ano pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele também trocou outros quatro membros da comissão, que foram substituídos por pessoas alinhadas ao governo.

Há suspeitas de que Eugênia possa ter favorecido terceiros com a disponibilização de modelos de petição.

A ex-presidente afirma que os modelos eram usados para solicitar a retificação da certidão de óbito. “Era uma obrigação da comissão prestar esse tipo de reparação imaterial para as famílias. Essa sistemática foi prevista por lei e aprovada pela AGU (Advocacia Geral da União)”, afirma Eugênia.

A outra suspeita são gastos não previstos em lei de R$ 216 mil para a realização de um encontro entre familiares de pessoas que teriam desaparecido.

Segundo Eugênia, o encontro é mais uma atividade de reparação às famílias. Neste primeiro, foram 135 pessoas. “Esperávamos fazer outro este ano e com um número maior de famílias”.

Da FSP