Queiroz mentiu sobre união estável para receber auxílio-educação
Os rolos de Fabrício Queiroz, ex-chefe da segurança de Flávio Bolsonaro, são antigos não apenas no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, mas também na Assembleia Legislativa fluminense (Alerj).
Só que no processo, a Alerj também questionou Queiroz sobre outras cinco cotas recebidas entre ele e sua mulher, Marcia Oliveira de Aguiar. Cada uma, à época, de R$ 447,25.
Queiroz declarou apenas três filhos como dependentes.
Marcia, que também constava como assessora de Flávio Bolsonaro, requisitou, ainda em 2008, outros três benefícios. Eram relativos a dois enteados de Queiroz e mais um para Felipe, filho do casal.
Como a Casa, na ocasião, só permitia pagamento a, no máximo, três filhos, a Alerj questionou os dois se viviam em união estável. E eles entregaram declarações idênticas negando a relação em 2011. Ao depor no processo, em agosto de 2012, Queiroz negou outra vez que ele e Marcia vivessem juntos.
A Alerj cobrou inclusive que, se a situação mudasse, eles deveriam comunicá-la.
Desse modo, o processo seguiu só sobre a irregularidade envolvendo Nathalia Queiroz.
Quando o deputado estadual Wagner Montes decidiu pela devolução dos valores e uma reprimenda a Queiroz só sobre o caso da filha, em 19 de setembro de 2012, uma olhadinha no Facebook era o suficiente para ver os momentos da família Aguiar-Queiroz.
De modo que o casal continuou recebendo mais cotas de R$ 447,25 como auxílio-educação fora da regra.
Hoje, a Alerj só permite o pagamento para dois filhos.
Procurada, a defesa de Queiroz não retornou.
Da Época