Dida Sampaio/Estadão

“Bivar está prometendo 2 milhões”, diz Zambelli

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Qual a saída da crise?

Do nosso lado, a gente está pleiteando defender a governabilidade e o presidente. Do outro, eles tão pleiteando neutralizar o inimigo e se manter no poder, com cargos, com fundo eleitoral, partidário e com tempo de televisão. O nosso lado não se importa com tempo de televisão nem fundo partidário. Mais gente está desistindo do Delegado Waldir e vindo para o nosso lado. A gente acha que se o Waldir, a Joice, o Bozella, o Bivar conseguirem parar de bater no nosso lado, parar de querer implodir o governo Bolsonaro, a gente acha que dá para pacificar o PSL.

O que o grupo da senhora fará se não conseguir maioria para a troca das lideranças?

Aí (é) pedir para sair do PSL. A gente não sabe para onde vai. Está sendo negociado pelo presidente Bolsonaro. Para onde ele for esses 20 a 25 deputados também irão.

Como avalia a indicação de Eduardo Bolsonaro para a liderança do partido na Câmara?

Particularmente achava que ia desgastar a imagem do Eduardo, que atrapalha a questão da embaixada. Mas é um nome quase unânime na aceitação. Por outro lado, eu e outros deputados, pelo menos uns 15, queríamos Filipe Barros (PSL-PR), porque não seria o filho do presidente. O próprio presidente Bolsonaro queria.

O áudio do presidente cita domínio de recursos e cargos como razões para destituir o Delegado Waldir. Não há contradição com o discurso de brigar apenas por transparência no partido?

Ali foi um contexto em que o áudio foi cortado. O que Bolsonaro quis dizer é que o Delegado Waldir está usando cargo, dinheiro, para segurar as pessoas com ele. Para você ter ideia, o Bivar está prometendo R$ 2 milhões para 2022 a deputados que ficarem com ele.

Se Luciano Bivar seguir na presidência do PSL, os deputados da sua ala seguem no partido?

Por mim, eu não continuaria no partido. Não preciso de tempo de TV. Fui eleita sem dinheiro público.

De ESTADÃO