Operação contra Bivar é ‘coincidência’, diz ex-ministro do TSE

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Foto: Agência Senado

O ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga disse nesta terça-feira, 15, que a operação da Polícia Federal contra o presidente do PSL, o deputado Luciano Bivar (PE), foi uma “coincidência”, mas, se avançar, “naturalmente será utilizada” na discussão sobre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e deputados aliados deixarem o partido.

“Foi uma coincidência. Mas a Justiça também está atenta. Naturalmente, se alguma coisa for desvendada negativamente em face da direção do PSL em Pernambuco, a lei será aplicada. Se isso tiver relação com a direção nacional (do PSL), dessa atual gestão, naturalmente também será utilizada (na discussão sobre a saída de Bolsonaro do partido). Mas isso é uma decisão da Justiça Eleitoral”, declarou o ex-ministro do TSE em entrevista à Rádio Gaúcha.

“Foi uma coincidência. Mas a Justiça também está atenta. Naturalmente, se alguma coisa for desvendada negativamente em face da direção do PSL em Pernambuco, a lei será aplicada. Se isso tiver relação com a direção nacional (do PSL), dessa atual gestão, naturalmente também será utilizada (na discussão sobre a saída de Bolsonaro do partido). Mas isso é uma decisão da Justiça Eleitoral”, declarou o ex-ministro do TSE em entrevista à Rádio Gaúcha.

Gonzaga, junto da advogada Karina Kufa, atua como conselheiro de Bolsonaro e de deputados do PSL que buscam caminho jurídico para desembarcar do PSL. Ele afirma que a suposta resistência do partido em informações sobre seus gastos configura “justa causa” para deixar a sigla.

“Essa recusa é uma justa causa, vamos dizer assim, ‘chapada’. Qualquer um compreende que obedecer a lei é uma obrigação”, declarou. Na semana passada, Bolsonaro externou a crise ao pedir a um militante que “esquecesse o PSL” e dizer que Bivar estava “queimado para caramba”.

Repercussão. O Estado mostrou que o grupo de parlamentares do PSL que pede uma auditoria nas contas do partido vê na operação da Polícia Federal uma oportunidade para a dissidência crescer e reforçar sua permanência na sigla.

Os parlamentares têm se reunido em Brasília e partilham suas ideias em um grupo de WhatsApp paralelo. Entre eles, estão os parlamentares que podem ser expulsos do partido, como Carla Zambelli (SP), Bibo Nunes (RS) e Alê Silva (MG). “A operação reforça o que estamos pedindo, que é a transparência nas contas do partido, e abre espaço para mais parlamentares virem para nosso grupo”, disse Carla Zambelli ao Broadcast Político. Ela acredita que ao menos dez devem se juntar a eles.

Estadão