STF prepara reação contra ataques de Bolsonaro
Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
Ministros incomodados com o novo assédio ao STF publicado –e depois apagado– nas redes de Jair Bolsonaro acionaram o presidente da corte, Dias Toffoli.
Uma ala do tribunal afirma que a atitude leniente com excessos da família que hoje ocupa o Planalto não é produtiva em “um sistema de responsabilidades, porque não educa”, e prega que é preciso cobrar o mandatário pelas mensagens enviadas em seu nome.
Toffoli manteve posição que lhe é cara: botou panos quentes na polêmica.
A publicação do vídeo no qual Bolsonaro é retratado como um leão atacado por hienas, entre elas o Supremo, detonou as insatisfações. Integrantes do tribunal avisaram que não é a primeira vez que a corte é alvo da família presidencial.
O episódio em que Eduardo Bolsonaro disse que bastava um cabo e um soldado para fechar o STF foi lembrado.
Ministros ressaltaram que esse discurso alimentou a narrativa de militantes bolsonaristas contra a corte.
Reservadamente, ministros atribuem a publicação a Carlos Bolsonaro. Dizem, porém, que a responsabilidade é do pai, não só sobre a conta, mas sobre o teor do que é postado nela.
Folha