Fernando Souza/AFP

Bolsonaro e a generosidade com os militares

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Parece notícia velha, e é mesmo, só que mais detalhada, não muito, porém, vale o registro, mesmo que seja pequenino. Afinal, para o Ministério da Educação foram liberados R$ 2,695 bilhões, só que ele não foi campeão. Melhor seria tirar o pequeno registro anterior. Quem levantou a taça foi o Ministério da Defesa, que receberá R$ 3,473 bilhões. Uai, estamos em guerra?

Melhor dar a informação oficial da própria pasta. “Cabe ao Ministério da Defesa coordenar e consolidar o processo de alocação de recursos públicos para as Forças Armadas e demais órgãos subordinados à pasta, a partir das prioridades estabelecidas na Estratégia Nacional de Defesa (END)”.

E o ministério ainda acrescenta: “O trabalho, sob responsabilidade da Secretaria-Geral, a partir da Secretaria de Organização Institucional (Seori), envolve tanto a elaboração conjunta da proposta orçamentária das Forças Armadas quanto a consolidação dos planos plurianuais no âmbito do Ministério”. Entendeu este último parágrafo? Nem eu.

O que dá para saber é que o comandante-chefe Jair Bolsonaro foi generoso em sua praia militar. Por outro lado, quem ficou na rabeira foi a Vice-Presidência da República: R$ 1,4 milhão. Só para facilitar, o vice-presidente é o general Hamilton Mourão (PRTB). Que anda sumido, mas quando aparece… Deixa pra lá, Bolsonaro pode encrencar.

Afinal, ele está mais interessado é sobre o projeto que trata do chamado excludente de ilicitude. Dá para traduzir em licença para matar que passarão a ser isentos ao cometer algo considerado proibido por lei. É a tal da proposta que trata da Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Já foi rejeitado, mas o presidente insiste.

Em nova argumentação, tentou mais uma vez: “Existe a reação da esquerda, os falsos direitos humanos. Tudo é culpa, qualquer problema é culpa da polícia. Nós já tivemos estados onde a polícia não foi para rua, viu a desgraça que aconteceu. Nós temos que prestigiar o policial”. Tradução simultânea: será difícil passar no Congresso, que deve rejeitar de novo.

Por fim, foi rejeitado, na Câmara dos Deputados, pela Comissão de Meio Ambiente, o projeto que retira a sanção penal ou administrativa para crimes ambientais insignificantes, justificáveis ou irrelevantes diante do bem protegido.

Quem recomendou foi a deputada gaúcha Fernanda Melchionna (Psol). “A inclusão do princípio da insignificância na Lei de Crimes Ambientais não resolverá as atuais controvérsias. Caberá aos tribunais decidirem em que casos e circunstâncias esse princípio deverá ser concretamente aplicado”.

O tiro ao alvo

Briga por causa do número de partido? Começa com o 38 e a outra opção é 64? Tem explicação: o deputado Capitão Augusto (PL–SP), articulador da nova legenda, é o coordenador da bancada da bala na Câmara dos Deputados. Melhor então chamar o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general–de–exército Augusto Heleno Ribeiro Pereira do Exército. General da reserva, óbvio. Afinal, ele foi o primeiro comandante militar da Missão de Paz das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti.

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