Bolsonaro pode não ser presidente de novo partido

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Foto: Adriano Machado/Reuters

O porta-voz da presidência, Otávio Rego Barros, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro ainda não decidiu se assumirá a presidência do partido que será formado por ele e por dissidentes do PSL. “Ele está disposto a liderar, não necessariamente como presidente, mas até como presidente”, disse.

Um pouco antes, Rego Barros havia dito que Bolsonaro reconhecia uma dificuldade de chefiar o Poder Executivo e, simultaneamente, liderar o novo partido. “O presidente está a analisar essa eventual divergência, mas, reforço, ele está prontamente disposto a liderar esse processo.” O porta-voz observou que Bolsonaro entende que, neste momento, quando o partido está em formação, uma figura forte é necessária.

Semana passada, o presidente, quando questionado se assumiria a presidência da nova sigla, batizada de Aliança pelo Brasil, afirmou: “Acho que sim.”

Rego Barros disse ainda que o presidente avalia que pode usar sua liderança para tornar mais ágil o processo de coletas de assinaturas, etapa indispensável para a criação do partido. Uma das possibilidades é que o presidente viaje em busca de adesões para o novo partido. “Ele tem o entendimento que, a partir da liderança, ele tenha de ser fazer presente em alguns locais para fortalecer, pela sua presença, o próprio partido.”

‘Disque-denúncia’
De acordo com a advogada de Bolsonaro Karina Kufa, o partido criado para abrigar o presidente e parlamentares dissidentes do PSL terá um “canal de denúncias” para identificar laranjas. Segundo ela, seria o principal instrumento para garantir a ética dos integrantes da nova sigla, que será lançada nesta quinta-feira, 21, em um evento em Brasília. Não foi informado ainda se ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, indiciado no inquérito que investiga desvio de recursos por meio de candidaturas femininas laranjas nas eleições de 2018, vai se filiar ao novo partido.

Estadão