São citados pela reportagem os deputados federais Julian Lemos (PB) e Heitor Freire (CE), que gastaram R$ 97.000 da verba indenizatória para imprimir panfletos e R$ 70.000 para informativos do mandato na empresa MaxPel+Car –no endereço, em Riacho Fundo (DF), funciona 1 lava jato.
Os 2 deputados admitiram não saber a localização exata da empresa, mas disseram que receberam o material encomendado. Quem comanda o serviço é Alexei Maxuel, o dono da Lava Jato, que afirmou que presta serviços a deputados.
Os deputados Felipe Francischini (PR), Fábio Schiochet (SC) e Nereu Crispim (RS) usaram o serviço da empresa Look Estratégias e Marketing –gastaram, juntos, o total de R$ 61.500, sendo R$ 45.000 só de Francischini. No endereço informado da empresa, também no Distrito Federal, há uma placa de aluga-se. Ao Estadão, o dono da firma não informou onde ela funcionava.
Os 3 congressistas alegaram que os serviços estão sendo prestados. Francischini disse que cobrou solução do endereço aos responsáveis pela empresa, enquanto a assessoria de Schiochet afirmou que o endereço “não é de responsabilidade dele”. Já Crispim falou que conheceu o representante da empresa “pelas dependências da Casa Legislativa”.
Professor Joziel (RJ) usou R$ 41 mil com a impressão de jornais na Total Gráfica e Editora, em cujo endereço funciona 1 salão de beleza. À reportagem, Joziel disse que não vê necessidade de checar se a empresa existe. “Gerou nota? Foi aprovada pela Câmara? Se isso aconteceu, a gente não tem preocupação de ir lá ‘in loco’”, disse.
Delegado Pablo (AM) pagou R$ 100 mil para Igor Cordovil, secretário-geral do PSL no Amazonas, fazer uma consultoria nas redes sociais e na comunicação. Procurado, ele disse que não trabalha mais para o congressista.
Aline Sleutjes (PR) pagou R$ 14.000 em consultoria de marketing na empresa Prisma Comércio e Serviço, com endereço no Distrito Federal. Mas João Alexandrino Vasco, dono da empresa, disse que não se lembra da deputada.
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