ONGs relatam abusos da Polícia do Pará

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Foto: Bruno Kelly/Reuters

O fundador do Projeto Saúde e Alegria, Eugênio Scannavino Neto, afirmou nesta sexta-feira, 29, que os quatros brigadistas acusados de terem incendiado áreas da Amazônia em Alter do Chão, no Pará, “estão com medo”. “Está todo mundo fisicamente bem, mas o clima na cidade está muito pesado. Eles estão traumatizados pelo que aconteceu”, relatou o médico sanitarista a VEJA.

Na terça-feira 26, a Polícia Civil do Pará deflagrou uma operação que concluiu que o incêndio que atingiu uma Área de Preservação Ambiental (APA) no distrito turístico de Alter do Chão em setembro deste ano teve envolvimento de ONGs. Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva contra a Brigada de Incêndio de Alter e mandados de busca e apreensão na sede do Projeto Saúde e Alegria.

“Eles foram humilhados, obrigados a usarem uniformes, rasparem o cabelo”, conta Eugênio. O fundador da Saúde e Alegria disse que conversou com João Victor Pereira Romano — um dos alvos da prisão preventiva — após a soltura dos brigadistas, que ocorreu na quinta-feira 28. “Ele está assustado. Os voluntários têm um período determinado para sair de casa [entre 21h e 6h]”.

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