Bolsonaro rebate críticas de Doria
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que sua posição sobre o preço de combustíveis não é “populismo”, mas sim “vergonha na cara”.
A declaração foi uma resposta ao governador de São Paulo, João Doria, que fala de Bolsonaro sobre a redução de tributos dos combustíveis foi “populismo” e uma “bravata”.
— Chega desse povo sofrer. Isso não é demagogia. Dois governadores que estão me criticando, isso não é populismo, é vergonha na cara. Ou você acha que o povo está numa boa? Está todo mundo feliz da vida com o preço do gás, com o preço da gasolina, com o preço do transporte? — disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.
Ao falar em “dois governadores”, Bolsonaro fez uma referência também ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, a quem também havia criticado minutos antes, junto de Doria.
De acordo com Bolsonaro, os dois o atacam, após apoia-lo na eleição, porque querem ser candidatos à Presidência. Entretanto, Witzel não comentou publicou a declaração de Bolsonaro sobre combustíveis.
Em entrevista à GloboNews, o presidente da Câmara, Rorigo Maia, disse achar ‘inviável’ desafio de Bolsonaro para zerar impostos sobre combustíveis.
Na quarta-feira, Bolsonaro disse que zeraria os impostos federais que incidem sobre combustíveis caso os governadores concordem em zerar o ICMS, que é estadual. Foi uma resposta a uma carta de 23 governadores, que pediram ao presidente que abrisse mão de receitas de impostos federais como PIS, Cofins e Cide, após ele criticar os governadores por represarem a redução recente nos preços de gasolina e diesel nas refinarias da Petrobras.
Após a declaração de Bolsonaro, Doria afirmou que os governadores não foram convidados pelo presidente para discutir isso e chamou a fala de “bravata”.
Segundo cálculos da Receita Federal, o plano de zerar os impostos federais sobre combustíveis custaria aos cofres públicos R$ 27,4 bilhões.