Centro-direita é o novo alvo de Bolsonaro
Foto: Adriano Machado/Reuters
Já pensando em 2022, o presidente Jair Bolsonaro vem se posicionando como um franco-atirador de seus potenciais adversários. A centro-direita, disputada por Wilson Witzel (PSC) e pelos tucanos João Doria e Eduardo Leite, se tornou alvo preferencial de Bolsonaro, que venceu as eleições de 2018 mirando exclusivamente no PT.
No último ataque, Bolsonaro replicou no Twitter um vídeo em que um jornalista gaúcho, ao comentar a cobrança do ICMS sobre combustíveis no estado, diz que “a vigarice está no governo do estado do Rio Grande do Sul”.
A animosidade com os governadores do Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul, todos ex-simpatizantes do atual presidente, se deu quando os políticos decidiram disputar o mesmo pódio de Bolsonaro. Se movimentam politicamente e dividem o que era um bloco só nas últimas eleições.
Antes de pré-candidatos, os neoadversários são gestores, e de três dos maiores estados do país. Que demandam parcerias com a União. A contaminação da política pública pela partidária é o grande risco da estratégia de guerra do presidente.